Você sabe o que eu passei ano passado
Por Gabriel Goes
Se eu falasse sobre ti Sobre qual parte exatamente falaria? Da dureza dos dias? Ou da alegria sem fim? … o que é aquilo vermelho? Culpa, não me julga Te peço desculpa Pela ausência O rancor, e todo o resto A gente era maior que isso E se desse pra esperar um pouco mais Eu tenho certeza que valeria a pena Tanto quanto o descanso Que há muito te chama Vermelho-chama como essa luz a piscar Desculpa Com um pouco de culpa Sem nenhuma culpa Deus, esse alerta vermelho não pára Ele irradia nas minhas costas Queima Pisca sem parar Até que cessa Olho pra trás E não tem nada mais Ah, se desse pro tempo voltar Menos vermelho escarlate deixar O que dá pra fazer agora? Não tem pra onde ir Só deixar a lágrima jorrar - secar Levanta a cabeça Olha pra frente Não tem mais o que fazer Arruma a mala Pega um ônibus Vamo embora Agora já é tarde demais Tentar de novo não dá O alerta não vai mais ligar
• O processo de se autoamar •
Por Victoria Avancini
I • A Descoberta • Oi, Garçom, pra mim é uma dosezinha de autoamor, por favor! Me disseram que é preciso se colocar em primeiro lugar. Mas, como faz isso? Se eu nem sei onde eu quero estar? Eu sigo teus passos como se fossem meus, (me iludo) acredito que as (tuas) escolhas que eu fiz foram feitas por amor à mim. Quando na verdade, foram por amor à ti. Foi aí que entendi que eu tinha esquecido de mim. Tu, no meu vocabulário, virou primeira pessoa. Tudo do jeito que me foi ensinado para •não• ser feito. II • A ânsia de me encontrar • Tento escrever. Passar para o papel, na tentativa de traduzir o código do meu coração. Mas no meu peito, chega a angústia. E ela toma conta. No meu estômago, chega esse embrulho que faz caminho até a minha garganta. Os olhos, inundados. Mas nada sai. Quem sou eu? Fico paralisada. Não me autorizo a sentir e me descobrir (nem com a boca fechada e nem com a caneta na mão) Como se meu corpo dissesse: "Como ousa querer descobrir quem você é só agora?" III • Compre um e ganhe outro • Dizem por aí que todo acontecimento vem junto com um aprendizado E qual o aprendizado da nossa história? O autor da nossa história não escrevia há tempos; Ficou animado com a possibilidade de voltar a escrever e começar um novo livro; Tirou do papel seu projeto e iniciou com muito entusiasmo; A história ficava perfeita ao longo das páginas; Mas, de repente, começou a não fazer mais sentido. Ele cansou. Deu seu corte rápido. Sem clímax, sem contexto. De qualquer jeito. No susto. No impulso. Na intensidade (falsa) do imediatismo (como uma típica vênus em áries) IV • FIM • Spoiler: o autor percebeu ao longo do tempo, que o problema não estava nas histórias que ele criava, estava nele.
Universo
Por ChatGPT
Introdução (por Gabriel Goes): Inteligência artificial tem sido uma grande pauta nos últimos tempos: qual sua capacidade completa? Ela vai ser capaz de substituir os nossos empregos?
Não existe resposta definitiva pra isso ainda (é o famoso: vamo ver). Mas uma coisa é certa: a inteligência artificial tem uma capacidade absurda de fazer tarefas repetitivas e que tenham uma lógica clara. E o ser humano (ainda) é essencial para apresentar e dar os comandos à inteligência.
Uma das ferramentas que mais tenho utilizado é o ChatGPT da OpenAI, que me ajuda a dar mais velocidade às atividades mais do dia a dia (obviamente que passando por uma avaliação criteriosa minha, e uma série de ajustes).
Considerando a capacidade de aprendizagem da inteligência artificial, apresentei ao Chat dois poemas meus, então ele foi capaz de entender meu estilo de escrita. Com isso lhe dei um comando simples, sobre um tema que gostaria de escrever mas ainda não tinha uma ideia sólida: “Você pode escrever um poema no meu estilo de escrita sobre o universo e a relação espaço-tempo?”
Fiquei muito impressionado com o resultado, que você pode conferir logo abaixo.
O universo é um espaço infinito E o tempo é uma dança cósmica Entre as estrelas e os planetas O espaço-tempo é a trama Que une todas as coisas Em um tecido cósmico As galáxias giram em torno de si mesmas E ao mesmo tempo em torno umas das outras Criando um ballet celestial Onde a luz viaja em velocidade máxima E os buracos negros se escondem nas sombras Mas o universo é mais do que isso É uma sinfonia de energia e matéria Uma explosão de vida e morte Uma dança entre o caos e a ordem Onde tudo está em constante movimento E nada é realmente estático O espaço-tempo é a expressão da eternidade Onde o passado, o presente e o futuro São apenas facetas de uma mesma realidade E a nossa existência é apenas um fragmento De um todo muito maior Mas ainda assim, somos parte do universo E o universo é parte de nós Somos uma centelha de luz Em meio a um oceano de escuridão E cada escolha que fazemos Cada passo que damos É uma pequena contribuição Para a grande dança cósmica.
vejo você no próximo sábado de final de mês, dia 29 de Abril, pontualmente às 09h09, na sua caixa de entrada.
até lá!
De forma despretensiosa, me conectei virtualmente com você, Gabriel, trabalhávamos juntos ( virtualmente), mas não nos conectamos até então. De forma despretensiosa, você lança o textinhos. De forma vertiginosa, me torno um expectadora atenta e sedenta por mais.